Colesterol alto é um dos principais fatores que causam o infarto e esse problema pode ser evitado!
Desde o início de 2020, mais de 200 mil pessoas morreram em decorrência de doenças cardíacas no Brasil, segundo a plataforma “Cardiômetro” da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Muitas dessas mortes foram decorrentes de infarto e por trás deste problema temos um grande vilão: o colesterol alto.
Quando o LDL, o conhecido “colesterol ruim”, permanece em níveis alterados pode ocorrer a obstrução das artérias e a interrupção da circulação do sangue até os órgãos vitais, como o coração, levando ao ataque cardíaco. A boa notícia é que é possível prevenir esse risco. Então, atenção às orientações e aos cuidados necessários para a manutenção da sua saúde e bem-estar.
Por que o colesterol é tão maléfico?
O que pouca gente sabe é que o colesterol não é completamente ruim. Ele é uma gordura essencial para a construção das membranas celulares e está presente em diversos órgãos, como no cérebro, fígado, intestinos, músculos, nervos, pele e no próprio coração. Também atua na produção de hormônios. Por exemplo, a testosterona e o estrógeno.
Porém, existem dois tipos de colesterol. O LDL, o colesterol ruim, é uma lipoproteína de baixa densidade que adere às paredes das artérias e forma placas de gordura. Dessa forma, como já explicado, o sangue não consegue circular e, além do infarto, também pode causar outros danos, como o acidente vascular cerebral (AVC).
Já o HDL, o colesterol bom, tenta amenizar os problemas gerados pelo LDL. Ele retira as moléculas ruins da circulação sanguínea e as carrega para o fígado, onde começa seu processo de excreção.
Existem também os triglicérides, que quando muito elevados, associados a baixos níveis de HDL , aumentam o risco de formação de placas gordurosas nas artérias .
Um perfil lipídico mais saudável , com baixos valores de LDL colesterol e triglicérides e elevados níveis de HDL colesterol é o que a equipe do Hospital do Coração Anis Rassi deseja aos seus pacientes .
Como prevenir?
Hábitos simples são capazes de prevenir os altos níveis de colesterol e também reduzi-los. O principal a ser feito é colocar em prática uma reeducação alimentar. Isto é, evitar alimentos gordurosos e incluir mais no cardápio as frutas, verduras, grãos e carnes magras. Isso porque 30% do colesterol do organismo têm origem na alimentação.
Também é importante realizar atividades físicas. O mais indicado é fazer 30 minutos de exercícios aeróbicos em cinco dias da semana e incluir atividades mais pesadas em outras três vezes. No entanto, essa indicação é diferenciada para cada paciente. Antes de iniciar esse hábito, é preciso ter uma consulta com o cardiologista para que o médico oriente a frequência e tipo de exercício seguro para cada condição de saúde.
Não fumar e evitar álcool em excesso são outras medidas que previnem o colesterol alto. Evitar o estresse também sempre ajudará a manter a saúde em dia.
Quem tem mais risco de ter colesterol alto?
Há o mito de que apenas pessoas obesas podem sofrer com o colesterol alto. Sim, pessoas com o índice de massa corporal (IMC) acima de 30 estão mais sujeitas ao problema. Porém, quem está com o IMC adequado também pode ter colesterol elevado. A presença de gordura excessiva no abdômen, mesmo em pessoas de peso normal, pode gerar perfis lipídicos desfavoráveis, assim como uma alimentação rica em gorduras e o sedentarismo.
Há também doenças familiares que levam ao aumento de colesterol, mesmo em pessoas magras.
As mulheres na menopausa e os diabéticos também enfrentam maiores riscos, assim como pessoas com doenças da tireoide, de fígado, ovários policísticos e outros distúrbios hormonais.
“Precisamos fazer uma investigação ampla e minuciosa para definirmos o tratamento ideal de cada paciente”, diz a Dra. Henriqueta Marsiaj, endocrinologista.
No entanto, qualquer pessoa pode ter colesterol alto e não saber. Trata-se de uma doença silenciosa e que não apresenta sintomas bem definidos. Por isso, o alerta é para que todos, no grupo de risco ou não, mantenham acompanhamento médico com um cardiologista e realizem exames periódicos.
Toda essa atenção com o colesterol também deve se destinar às crianças. A partir dos 10 anos de idade, elas precisam fazer exames para medir os níveis de colesterol. No caso de filhos de pais que sofreram infartos antes dos 60, a triagem deve começar bem antes, logo no segundo ano de vida.
Um simples teste de sangue é capaz de analisar os níveis de colesterol e triglicérides no organismo, contudo, é o médico quem saberá quando os níveis apresentam risco para o paciente ou não. Também é o especialista quem determinará o melhor tratamento. Portanto, a consulta com o cardiologista não deve faltar na lista dos check-ups anuais.
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